Sábado, 18 de Março de 2006
Olivença esquecida.
Olivença esquecida é a impressão que tem os leitores que nunca viram nada referente nos jornais diários do Porto e de Lisboa, principalmente. Durante a campanha eleitoral, nenhum dos candidatos se referiu a Olivença, nem para dizer- deixem como está- porque nunca poderiam concluir que se o - deixa como está- poderia render votos ou o contrário. Olivença é um caso que pode explodir se for muito debatido e por isso é perigoso. Vamos esquecer o perigoso até que alguém o detone. Se não for detonado, vai começar a ferver até se tornar insuportável. Podem dizer que a criação da U E resolveu os litígios de fronteira mas não é assim, pois essa afirmação é conversa de uma minoria que só quer o interesse próprio. A maioria só se manifesta na hora do - pega para valer-; é nessa hora que o patriotismo se manifesta. Não são apenas as religiões nem os ideais políticos que provocam as guerras: a maioria das guerras é causa de problemas de fronteira alterada pela força militar; alterações que nunca são aceitas como legais. Esse é o caso de Olivença que era parte de Portugal desde 1297, data em que nem existia a Espanha. Depois de mais de 500 anos, sendo parte do território português como os demais municípios, foi anexada, covardemente, pela força do exército Espanhol, quando Portugal estava em crise. Continuaremos a sofrer humilhação e escárnio enquanto não resgatarmos, também pela força militar, o território de Olivença que é parte de Portugal, se a Espanha não reconhecer o erro e fizer a devolução.
bernardolope@superig.com.br